domingo, 3 de julho de 2011

*ELES RESPONDEM*




 






O Deus da Bíblia é mesmo deus do alcorão?


Podemos Confiar nos 66 Livros da Bíblia?



Como se Libertar do Vício do Entretenimento?


Como sei que Deus está me Chamando p/ ser Pastor?

Como  Lidar com a Morte de um Ente Querido que Não é Cristão?




Por que Memorizar a Escritura?



John Piper-Quais Algumas  Ajudas Praticas p/ Aprofundar o Desejo e o Amor pela Oração?


O que Faço se Não Tenho a Alegria que Deveria Ter?


Por que é Erradoa Prática do Homossexualismo?


Como Deus Pôde Matar Mulheres e Crianças?


O dízimo nos moldes que nós temos no Antigo Testamento não é mais aplicável nos nossos dias. No Novo Testamento nós temos as ofertas voluntárias para sustentar a obra de Deus.
A Epístola aos Hebreus, principalmente os capítulos 9 e 10, deixa bastante claro que todas as cerimônias do Antigo Testamento foram abolidas com a vinda de Cristo, pois elas apenas tipificavam Aquele que viria, eram sombras da realidade que é Cristo. Além dessa epístola, Paulo fala constantemente sobre a abolição das cerimônias do Antigo Testamento no Novo Testamento, como em Gl.4.8-11, Cl.2.8-23, etc. Assim, a questão é determinar se o dízimo fazia parte da lei cerimonial ou da lei moral. A lei moral é permanente (Mt.5.17-18) e a cerimonial, como eu disse acima, é transitória. Assim, dependendo de onde o dízimo se encaixa, ele é válido ou não para os dias de hoje. Quando analisamos o Antigo Testamento percebemos que o dízimo estava totalmente amarrado ao sistema sacrificial daquele tempo, e havia vários tipos de dízimo (Lv 27.32; Nm 18.21-28; Dt 12.6-17; 14.22-28; 26.12). Estando dessa forma ligado aos sacrifícios e ao sacerdócio veterotestamentário, o dízimo como era praticado no Antigo Testamento é impraticável nos dias de hoje. Assim, ele está incluso dentro da lei cerimonial e, dessa forma, não é mais aplicável no Novo Testamento.
Alguns usam a passagem de Mateus 23.23 para defender que o dízimo é válido atualmente. Mas é importante observar que, apesar do Novo Testamento começar sua narrativa com o nascimento de João Batista e de Jesus, a Nova Aliança só começou, de fato, quando Jesus morreu (Mt 26.28; 27.51; Cl 2.14; Hb 9.11-17). Assim, quando Jesus disse o que está escrito em Mt 23.23, eles ainda estavam no Antigo Testamento. Portanto, essa passagem não pode provar a validade do dízimo para o Novo Testamento.
Outros tentam defender a validade do dízimo com a passagem de Hebreus, capítulo 7. Porém, nessa passagem o autor da carta apenas mostra a superioridade de Cristo em relação ao sacerdócio do Antigo Testamento usando Melquisedeque como um tipo de Cristo, pois Arão (representando o sacerdócio veterotestamentário) pagou dízimos a Melquisedeque na pessoa de Abraão, mostrando sua inferioridade em relação à Melquisedeque. O objetivo da passagem não é falar sobre a validade ou não do dízimo para os dias de hoje, mas mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo.
Dito isso, é importante mencionar que, atualmente, muitos “cristãos” estão prontos para negar a validade do dízimo para os nossos dias, não porque querem dar mais, mas porque querem dar menos, ou até mesmo nada. Para esses eu digo que quem supostamente se converteu ao Senhor, mas não converteu o seu bolso, deve reavaliar sua conversão. O cristão reconhece que não apenas 10% do seu salário pertence ao Senhor, mas todos os seus bens. Assim, o verdadeiro cristão faz planejamentos financeiros para não gastar em coisas supérfluas, a fim de poder contribuir com o máximo possível para o Reino de Deus, voluntariamente. O verdadeiro cristão não busca viver uma vida de luxo, pois seu deus não é o dinheiro, e sim o Senhor, a quem Ele coloca em primeiro lugar.
Tomemos como exemplo a contribuição da igreja primitiva. A viúva no templo deu tudo o que tinha (Lc.21.1-4). Os primeiros cristãos vendiam propriedades e depositavam todo o valor aos pés dos apóstolos (At.4.34-37). Os pobres da Macedônia contribuíram acima de suas posses (II Co.8.1-3). Esse é o padrão que o cristão deve seguir.
Devemos também lembrar que os pastores que Deus designou para pastorearam o rebanho precisam de sustento, sendo responsabilidade da igreja provê-lo (1Co 9.3-14; ). Portanto, as ofertas voluntárias também são usadas para compor o salário do pastor, provendo os recursos materiais necessários para que ele continue anunciando o Evangelho.
Para aqueles irmãos que congregam em igrejas onde o dízimo é praticado (como também é o meu caso), tenho recomendado que continuem contribuindo com o dízimo, mas considerando-o em seus corações como uma oferta voluntária, e não se satisfazendo em contribuir apenas com a décima parte, mas com o máximo possível, como acontecia na igreja primitiva.


Por André Aloísio, colaborador do VoltemosAoEvangelho.com e autor do Teologia e Vida
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Antes de ler esta postagem, sugiro que leia a primeira, caso não o tenha feito.

Questões secundárias
Sendo assim temos duas ponderações:
Quero começar ressaltando que esta discussão acerca do dízimo é secundária em questões de importância a nossa fé, pois como vimos o dízimo praticamente não aparece no Novo Testamento
1) Como o Piper diz, “toda má teologia fere o povo”; então, devemos buscar ser o mais bíblico possível, instruindo também nossos irmãos.
2) Algumas recomendações de Paulo quanto questões secundárias são pertinentes:
Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. [...] Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize. (1 Coríntios 8:9,13)
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. (Romanos 14:5)
Ou seja, por um lado, ame seu irmão explicando a verdade para ele, por outro não escandalize-o.
Vários testemunhos de pessoas que deram dízimos e foram abençoadas por Deus. 
Não queremos negar que Deus possa abençoar uma pessoa que na ignorância entrega seu dízimo com alegria. Nem que Deus possa abençoar alguém financeiramente, mas isto nunca é um fim em si mesmo. Nossas finanças nos foram dadas para que mostremos que elas não nos dominam e elas servem para a glória de Deus. Se assim não for toda riqueza é uma maldição. Cabe lembrar que o diabo também pode enriquecer alguém para que esta se afaste da fé.
Assim, a melhor recomendação neste quesito consiste na famosa frase de Lutero:
“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias” (Martinho Lutero).
Invalidade da oferta da viúva
Um irmão comentou que o exemplo da oferta da viúva não seria válido tendo em vista que ainda se estava na Velha Aliança, pois Jesus não havia morrido e que assim foi um exemplo contraditório. Obviamente não foi da intenção do autor dizer que a viúva já fazia parte da igreja primitiva. Mas como a atitude dela foi elogiada por Jesus, ela serve como um modelo para a contribuição da igreja, o que de fato foi seguido pela igreja primitiva, como vemos em Atos e em 2ª Coríntios.
Sem o dizimo, a obra de Deus não vai ter sustento
Isto talvez em alguns lugares seja verdade e o motivo disso ser verdade é porque as pessoas não estavam dizimando com alegria para sustentar a obra de Deus, mas por pura religiosidade; e este tipo de oferta não é agradável a Deus. Tomemos também em consideração o exemplo do Novo Testamento, onde terrenos inteiros eram vendidos e depositados aos pés dos apóstolos para sustento dos pobres (sustento dos pobres não é o mesmo que comprar um jatinho particular, só para deixar claro). Assim, não, não seria melhor aproveitar uma lei boa do Antigo Testamento que é o dizimo para incentivar os irmãos a ofertarem. Porque o que é feito muitas vezes não é incentivo, mas coerção e, bem sabemos, que Deus ama aqueles que dão com alegria.
O dízimo está acima da Lei? [Abraão e Melquisedeque]
Alguns questionaram que como Abraão deu a Melquisedeque o dízimo antes da Lei que assim o dízimo estaria acima da Lei, usando também Hebreus 7 para justificar isso. Segue um excerto doexcelente texto de Túlio Cesar Costa Leite, O Dízimo. Sugiro ainda a leitura do texto na íntegra.
Existe uma passagem em Gênesis 14.20 – E de tudo lhe deu Abrão o dízimo – que é usada para defender a prática do dízimo como supra-legal, ou seja, acima da lei. Eis o argumento: Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei.
Tomemos outra passagem para testar a validade da argumentação acima – Gn 17.10: Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Em Gn 17.23-27 vemos Abraão circuncidando-se a si, a Ismael, e a todos os homens de sua casa. Argumentemos: Abrão circuncidou-se antes da Lei ser estabelecida. Logo a circuncisão é antes da Lei. Portanto a circuncisão perdura após o fim da Lei.
Temos, assim, verificado que se este argumento é procedente para validar o dízimo, é da mesma forma procedente para justificar a prática da circuncisão.
Uma preciosa norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode ilustrar uma doutrina, porém não pode ser base de doutrina. Porém é freqüente cair neste erro. [...] Portanto, se é correto que não se pode basear doutrina sobre texto descritivo, [...] Gn 14.20 ficam invalidados para se justificar a prática atual do do dízimo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário